FUNDAÇÃO MUNICIPAL DE CULTURA

Documentação histórica do Mercado Central será recolhida e preservada pelo Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte

A parceria com a prefeitura da capital foi assinada pelo Presidente Ricardo Vasconcelos e pelo prefeito Fuad Noman (PSD) neste sábado (7), na comemoração dos 95 anos.

A parceria com a Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Fundação Municipal de Cultura e do Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte (APCBH), permitirá ao Mercado Central organizar e preservar a sua memória, além de divulgar sua história por meio de site, exposições, conteúdos digitais e sinalizações interpretativas no Mercado.

A proposta é preservar a memória por meio do depósito da documentação arquivística reunida no Memorial Antônio dos Cocos, instalado desde 2007 no estacionamento do Mercado Central, que reúne fotografias, documentos textuais, plantas, relatórios, atas e fitas VHS, entre outros documentos históricos, no Arquivo Público Municipal.

O Mercado Central doará toda a documentação ao APCBH, que ficará responsável pela organização, preservação e digitalização dos documentos. Assim que tratado e digitalizado, o acervo poderá também ser acessado pelo portal da PBH e pelo site do Mercado Central.

Segundo o Fuad, objetivo principal é a preservação da rica história do Mercado Central e o aumento do acesso digital a documentos do acervo. “O Mercado Central é um ícone, um orgulho para Belo Horizonte. Muito alegre em dividir esse momento com todas essas pessoas que vieram festejar o aniversário de um projeto grandioso que reúne lazer, turismo e negócios. Aqui é o coração pulsante de Belo Horizonte. Direção, lojistas, funcionários e fornecedores, estão todos de parabéns”, afirmou o prefeito. 

O APCBH é uma referência para a cidade, em termos de memória, história e cultura. Neste sentido, doação de documentos de acervos privados, que possuam interesse público, social e histórico para Belo Horizonte, enriquecem o acervo da instituição, possibilitando a ampliação do acesso a essas informações para pesquisadores e demais cidadãos. Sendo assim, entre os principais objetivos desta ação está a preservação da rica história do Mercado Central, além do aumento do acesso digital a documentos do acervo do APCBH. Além de ser uma síntese da diversidade gastronômica de Belo Horizonte, o Mercado Central é referência da identidade cultural da cidade.

Histórico:

O Mercado Central nasceu em 07 de setembro de 1929, e recebeu o nome de Mercado Municipal. O prefeito Cristiano Machado reuniu os feirantes num terreno de 22 lotes, próximo à Praça Raul Soares, centralizando o abastecimento da cidade. As barracas de madeira se enfileiravam nos 14.000 m² do terreno descoberto, circundado pelas carroças que transportavam os produtos. Essa iniciativa da municipalidade surgiu da necessidade de reunir, num só local, os produtos destinados ao abastecimento dos seus 47.000 habitantes. Devido ao crescimento exacerbado da capital mineira, estruturar melhor o espaço de comércio de gêneros alimentícios, foi uma estratégia do poder público para atender a demanda crescente do abastecimento alimentar.

O Mercado, então denominado Mercado Municipal, com sua intensa atividade, funcionou até 1964, quando o então prefeito Jorge Carone resolveu vender o terreno, alegando impossibilidade de administrar a feira. Após a decisão da prefeitura, os comerciantes do local se organizaram, criaram cooperativa e compraram o imóvel da Prefeitura. Dessa forma, com participação ativa dos comerciantes, o Mercado ampliou suas atividades, expandiu seus negócios e se transformou em um núcleo não só de produtos alimentícios, mas também de artesanato e de comidas típicas, tornando-se um ponto turístico da capital e um espaço identitário da cidade.

Hoje o Mercado Central está entre os locais mais visitados de Belo Horizonte e do Brasil e é uma referência internacional em gestão de mercados.

O Arquivo Público de Belo Horizonte foi criado em 1991 e sua sede atual conta com mais de 1.500 metros lineares de documentos textuais e 1,2 milhão de itens documentais dentre fotografias, fitas de vídeo, cartazes, revistas, plantas e mapas. O trabalho da instituição é feito com o intuito de garantir a preservação e a acessibilidade ao rico patrimônio documental da cidade.

Imagem: Alessando Carvalho

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